segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cristão em férias ou férias de cristão?



Quando se aproxima o tempo de férias começamos todos a fazer imensos planos e a sonhar destinos, experiências, encontros, descanso, etc. Navegamos na web, estudamos destinos turísticos, tiramos ideias das experiências dos nossos amigos, não paramos de exercitar a nossa mente para nos deliciarmos com as melhores férias que possamos “inventar”.

De facto, todos necessitamos de parar, descansar, serenar, encontrar novas energias para o ano seguinte que, entretanto, começa a ser já igualmente planeado. É muito importante que tenhamos esses dias de descanso onde a família normalmente ganha um lugar de eleição e os amigos deixam de ter aqueles argumentos para nos criticarem porque não lhes dizemos nada há imenso tempo.

É muito salutar que todos estes nossos planos de férias possam ser concretizados. Mas é, igualmente, muito importante que não nos esqueçamos dessa velha máxima: “cristão de férias: SIM; férias de cristão: NÃO!”

De facto, acontece inúmeras vezes programarmos todas as nossas férias sem nos lembrarmos do que somos, da nossa condição mais profunda; queremos retemperar as forças do nosso corpo e nem nos lembramos de retemperar as forças da nossa alma, procuramos ler o romance já esquecido e nem nos lembramos da leitura espiritual que deixámos de fazer há imensos meses, marcamos encontros com todos os nossos amigos mais intímos e nem nos recordamos do dia da semana que estamos a viver, passando pelo Domingo como um dia igual a todos os outros.

O tempo de férias não pode ser nunca um tempo de indiferença, de irresponsabilidade, de incumprimento ou de despotismo. Se não deixamos de cumprir com os nossos deveres e com a nossa responsabilidade de pais ou de filhos, de cidadãos ou de amigos, porque é que deixamos, tantas vezes, de cumprir com a nossa responsabilidade de cristãos, quer nos preceitos religiosos que somos chamados a viver, quer com o apostolado que somos convidados a fazer? É uma questão que não podemos deixar de colocar neste tempo que antecede as férias e que é de preparação para elas.

Se consultamos tanta informação para conhecer o nosso destino de, podemos sempre, também, informar-nos onde se encontra a Igreja mais próxima e qual o horário das suas missas, confissões, palestras, etc. Ou será que uma ou duas horas na semana é assim tanto que nos impede de descansar?

Já agora, porque não aproveitar para levar connosco a última encíclica do Santo Padre ou a última biografia dum Santo da Igreja que esteja à venda nas nossas livrarias? As férias são, também, uma óptima ocasião para o nosso crescimento na fé e para dedicarmos algum tempo à nossa relação com Deus.



Fonte: Paulo Franco

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