sábado, 26 de fevereiro de 2011

Liturgia do VIII Domingo do Tempo Comum, 27.02.2011




VIII Domingo do Tempo Comum - ANO A
27 de Fevereiro de 2011


A liturgia deste 8º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre as nossas prioridades. Recomenda que dirijamos o nosso olhar para o que é verdadeiramente importante e que libertemos o nosso coração da tirania dos bens materiais. De resto, o cristão não vive obcecado com os bens mais primários, pois tem absoluta confiança nesse Deus que cuida dos seus filhos com a solicitude de um pai e o amor gratuito e incondicional de uma mãe.

O Evangelho convida-nos a buscar o essencial (o “Reino”) por entre a enorme bateria de coisas secundárias que, dia a dia, ocupam o nosso interesse. Garante-nos, igualmente, que escolher o essencial não é negligenciar o resto: o nosso Deus é um pai cheio de solicitude pelos seus filhos, que provê com amor às suas necessidades.

A primeira leitura sublinha a solicitude e o amor de Deus, desta vez recorrendo à imagem da maternidade: a mãe ama o filho, com um amor instintivo, avassalador, eterno, gratuito, incondicional; e o amor de Deus mantém as características do amor da mãe pelo filho, mas em grau infinito. Por isso, temos a certeza de que Ele nunca abandonará os homens e manterá para sempre a aliança que fez com o seu Povo.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a fixarem o seu olhar no essencial (a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus fez aos homens) e não no acessório (os veículos da mensagem).


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Para ver a Leituras do VIII Domingo do Tempo Comum, clique AQUI.

Para ver o Evangelho do VIII Domingo do Tempo Comum, clique AQUI.

Para ver uma reflexão sobre o Evangelho do VIII Domingo do Tempo Comum, clique AQUI.


Fontes:
Ecclesia
Beneditinos
Farol de Luz
SDPLViseu

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Vaticano: Papa convida jovens a descobrirem a fé cristã




Bento XVI diz que o catecismo deve ser conhecido como «um informático conhece o sistema operativo de um computador»

Bento XVI convidou os jovens de todo o mundo a descobrirem a fé cristã, conhecendo os ensinamentos da Igreja Católica como “um informático conhece o sistema operativo de um computador”.

A comparação faz parte do prefácio da obra «Youcat», um documento de preparação para a Jornada Mundial da Juventude 2011 (JMJ), que vai ter lugar em Madrid, Espanha, no próximo mês de Agosto, com a presença de dezenas de milhares de participantes e do próprio Papa.

“Algumas pessoas dizem-me que o catecismo não interessa à juventude de hoje, mas eu não acredito nessa afirmação e tenho certeza de que estou certo. A juventude não é tão superficial como muitos dizem, os jovens querem saber o que é realmente a vida”, escreve Bento XVI.

Segundo o Papa, o catecismo, obra que contém as formulações essenciais da doutrina cristã, “interessante porque nos fala do nosso próprio destino e, portanto, está intimamente relacionado com cada um de nós”.

“Espero que muitos jovens se deixem cativar por esse livro”, deseja Bento XVI.

Segundo a «Rádio Vaticano», a obra «Youcat», com cerca de 300 páginas, disponível em sete línguas, apresenta um conjunto de perguntas e respostas sobre as “verdades de fé contidas no Catecismo da Igreja Católica”.

A iniciativa partiu dos bispos austríacos, liderados pelo cardeal Christoph Schoenborn, visando oferecer aos participantes na JMJ uma espécie livro de bolso sobre a fé.

Teólogos, peritos na catequese e juventude criaram o «Youcat», um catecismo jovem em quatro capítulos: «Em que acreditamos», «A celebração do mistério cristão», «A Vida de Cristo» e «A Oração na vida cristã».


Fonte: Cristo Jovem


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Documentário enfoca JMJ - História e testemunhos em 21 idiomas

Com o objectivo de documentar a obra extraordinária de Deus no coração das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), foi lançado o documentário “A força do Evangelho”.

Trata-se de uma produção em 21 idiomas de Net for God, uma rede internacional de oração e formação cristã pela paz e a unidade entre as Igrejas e os países.

O documentário está a ser utilizado para promover no mundo a JMJ de Madrid (16 a 21 de agosto).

O filme redescobre a origem desta iniciativa de João Paulo II e mostra os motivos de um sucesso que era impossível de imaginar.

O documentário, introduzido por Dom Renato Boccardo, arcebispo de Spoleto (Itália), encarregado durante dez anos da organização e coordenação das JMJ, propõe o testemunho de numerosos jovens cuja vida se transformou após seu encontro com Cristo.

Na internet: http://www.netforgod.tv


Fonte: Cristo Jovem


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Liturgia do VII Domingo do Tempo Comum, 20.02.2011



VII Domingo do Tempo Comum - ANO A
20 de Fevereiro de 2011


A liturgia do sétimo Domingo do Tempo Comum convida-nos à santidade, à perfeição. Sugere que o “caminho cristão” é um caminho nunca acabado, que exige de cada homem ou mulher, em cada dia, um compromisso sério e radical (feito de gestos concretos de amor e de partilha) com a dinâmica do “Reino”. Somos, assim, convidados a percorrer o nosso caminho de olhos postos nesse Deus santo que nos espera no final da viagem.

A primeira leitura que nos é proposta apresenta um apelo veemente à santidade: viver na comunhão com o Deus santo, exige o ser santo. Na perspectiva do autor do nosso texto, a santidade passa também pelo amor ao próximo.

No Evangelho, Jesus continua a propor aos discípulos, de forma muito concreta, a sua Lei da santidade (no contexto do “sermão da montanha”). Hoje, Ele pede aos seus que aceitem inverter a lógica da violência e do ódio, pois esse “caminho” só gera egoísmo, sofrimento e morte; e pede-lhes, também, o amor que não marginaliza nem discrimina ninguém (nem mesmo os inimigos). É nesse caminho de santidade que se constrói o “Reino”.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto – e os cristãos de todos os tempos e lugares – a serem o lugar onde Deus reside e Se revela aos homens. Para que isso aconteça, eles devem renunciar definitivamente à “sabedoria do mundo” e devem optar pela “sabedoria de Deus” (que é dom da vida, amor gratuito e total).




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Fontes:
Ecclesia
A Caminho
Farol de Luz
SDPLViseu

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Liturgia do VI Domingo do Tempo Comum, 13.02.2011




VI Domingo do Tempo Comum - ANO A
13 de Fevereiro de 2011


A liturgia de hoje garante-nos que Deus tem um projecto de salvação para que o homem possa chegar à vida plena e propõe-nos uma reflexão sobre a atitude que devemos assumir diante desse projecto.

Na segunda leitura, Paulo apresenta o projecto salvador de Deus (aquilo que ele chama “sabedoria de Deus” ou “o mistério”). É um projecto que Deus preparou desde sempre “para aqueles que o amam”, que esteve oculto aos olhos dos homens, mas que Jesus Cristo revelou com a sua pessoa, as suas palavras, os seus gestos e, sobretudo, com a sua morte na cruz (pois aí, no dom total da vida, revelou-se aos homens a medida do amor de Deus e mostrou-se ao homem o caminho que leva à realização plena).

A primeira leitura recorda, no entanto, que o homem é livre de escolher entre a proposta de Deus (que conduz à vida e à felicidade) e a auto-suficiência do próprio homem (que conduz, quase sempre, à morte e à desgraça). Para ajudar o homem que escolhe a vida, Deus propõe “mandamentos”: são os “sinais” com que Deus delimita o caminho que conduz à salvação.

O Evangelho completa a reflexão, propondo a atitude de base com que o homem deve abordar esse caminho balizado pelos “mandamentos”: não se trata apenas de cumprir regras externas, no respeito estrito pela letra da lei; mas trata-se de assumir uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus e às suas propostas, que tenha, depois, correspondência em todos os passos da vida.



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Fontes:
Ecclesia
A Caminho
Farol de Luz
SDPLViseu


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vaticano: Papa convida jovens a descobrirem a fé cristã



Bento XVI diz que o catecismo deve ser conhecido como «um informático conhece o sistema operativo de um computador»

Bento XVI convidou os jovens de todo o mundo a descobrirem a fé cristã, conhecendo os ensinamentos da Igreja Católica como “um informático conhece o sistema operativo de um computador”.

A comparação faz parte do prefácio da obra «Youcat», um documento de preparação para a Jornada Mundial da Juventude 2011 (JMJ), que vai ter lugar em Madrid, Espanha, no próximo mês de Agosto, com a presença de dezenas de milhares de participantes e do próprio Papa.

“Algumas pessoas dizem-me que o catecismo não interessa à juventude de hoje, mas eu não acredito nessa afirmação e tenho certeza de que estou certo. A juventude não é tão superficial como muitos dizem, os jovens querem saber o que é realmente a vida”, escreve Bento XVI.

Segundo o Papa, o catecismo, obra que contém as formulações essenciais da doutrina cristã, “interessante porque nos fala do nosso próprio destino e, portanto, está intimamente relacionado com cada um de nós”.

“Espero que muitos jovens se deixem cativar por esse livro”, deseja Bento XVI.

Segundo a «Rádio Vaticano», a obra «Youcat», com cerca de 300 páginas, disponível em sete línguas, apresenta um conjunto de perguntas e respostas sobre as “verdades de fé contidas no Catecismo da Igreja Católica”.

A iniciativa partiu dos bispos austríacos, liderados pelo cardeal Christoph Schoenborn, visando oferecer aos participantes na JMJ uma espécie livro de bolso sobre a fé.

Teólogos, peritos na catequese e juventude criaram o «Youcat», um catecismo jovem em quatro capítulos: «Em que acreditamos», «A celebração do mistério cristão», «A Vida de Cristo» e «A Oração na vida cristã».


Fonte: Agência Ecclesia


sábado, 5 de fevereiro de 2011

Liturgia do V Domingo do Tempo Comum, 06.02.2011




V Domingo do Tempo Comum - ANO A
6 de Fevereiro de 2011


A Palavra de Deus deste 5º Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre o compromisso cristão. Aqueles que foram interpelados pelo desafio do “Reino” não podem remeter-se a uma vida cómoda e instalada, nem refugiar-se numa religião ritual e feita de gestos vazios; mas têm de viver de tal forma comprometidos com a transformação do mundo que se tornem uma luz que brilha na noite do mundo e que aponta no sentido desse mundo de plenitude que Deus prometeu aos homens – o mundo do “Reino”.

No Evangelho, Jesus exorta os seus discípulos a não se instalarem na mediocridade, no comodismo, no “deixa andar”; e pede-lhes que sejam o sal que dá sabor ao mundo e que testemunha a perenidade e a eternidade do projecto salvador de Deus; também os exorta a serem uma luz que aponta no sentido das realidades eternas, que vence a escuridão do sofrimento, do egoísmo, do medo e que conduz ao encontro de um “Reino” de liberdade e de esperança.

A primeira leitura apresenta as condições necessárias para “ser luz”: é uma “luz” que ilumina o mundo, não quem cumpre ritos religiosos estéreis e vazios, mas quem se compromete verdadeiramente com a justiça, com a paz, com a partilha, com a fraternidade. A verdadeira religião não se fundamenta numa relação “platónica” com Deus, mas num compromisso concreto que leva o homem a ser um sinal vivo do amor de Deus no meio dos seus irmãos.

A segunda leitura avisa que ser “luz” não é colocar a sua esperança de salvação em esquemas humanos de sabedoria, mas é identificar-se com Cristo e interiorizar a “loucura da cruz” que é dom da vida. Pode-se esperar uma revelação da salvação no escândalo de um Deus que morre na cruz? Sim. É na fragilidade e na debilidade que Deus Se manifesta: o exemplo de Paulo – um homem frágil e pouco brilhante – demonstra-o.



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Para ver uma reflexão sobre o Evangelho do V Domingo do Tempo Comum, clique AQUI.



Fontes:
Ecclesia
A Caminho
Farol de Luz
SDPLViseu


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Convite - Criar um símbolo para a Região Sul da JMV




Caros amigos,

Vimos desta vez lançar um desafio a todos os que se acham artistas… (“,)

Sentes-te capaz de criar algo que simbolize a região sul na JMV? Algo que gostasses de ver impresso em T-Shirts, Camisolas, Pins ou simplesmente em folhas?

Nós sabemos que temos símbolos oficiais e não os queremos substituir. Pelo contrário, gostamos muito deles…Todos nós temos muito orgulho em ser JMV’s e usar o lenço vermelho… E também em utilizar o nosso simbolo da medalha! Mas… essencialmente porque queremos por a render o talento que temos, porque queremos ser continuamente activos e colaborar… Surgiu-nos esta ideia.

Tens até ao dia 28 de Fevereiro para entregar os teus desenhos. As regras seguem no fim do mail e em www.jmvubicaritas.wordpress.com.

Não te esqueças… Importante é participar! Que te divirtas enquanto estás a criar.

Envia os teus desenhos ou dúvidas para: joaoferreiradg@gmail.com

O CR Sul



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REGULAMENTO


Objectivo:
Criar um símbolo que caracterize a Região Sul da JMV em Portugal para os próximos dois anos.
Promover a participação, estimular a imaginação e a capacidade criativa de todos os JMV´s.
O símbolo deverá ser de simples e fácil memorização e deverá de algum modo fazer referência a esta região tendo sempre em consideração a cor que a representa.
Será objecto de análise e selecção a legibilidade, facilidade em redução / ampliação, boa capacidade de reprodução gráfica e boa visibilidade em monitores.
O símbolo deverá ser monocromático (uma cor), ou policromático (varias cores) mas acompanhado com uma versão a uma cor.


Destinatários:
O concurso é aberto a todos os jovens, Padres e irmãs.
Podem participar individualmente, em grupo e/ou por centro local.
Os concorrentes são responsáveis pela originalidade dos trabalhos apresentados, garantem a sua autoria e assumem toda a responsabilidade decorrente de reclamações de terceiros no que diz respeito a direitos de autor e direitos conexos.
Os concorrentes premiados aceitam a transmissão dos direitos de autor referentes à sua proposta.


Envio das propostas:
As propostas deverão ser enviadas por e-mail, para joaoferreiradg@gmail.com, enviar por carta, na morada que segue no fim do presente regulamento, ou entregar em mão a um elemento do Conselho Regional Sul.
Terá que constar no envio das propostas o nome e contacto do participante ou representante do grupo ou centro local.


Datas do concurso:
O concurso finaliza no dia 28 de Fevereiro de 2011 e os resultados serão conhecidos no encontro sub-16 de 4 a 7 de Março de 2011 no Carvalhal.


Júri de concurso:
A decisão será tomada pelos elementos do Conselho Regional Sul.



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NOTÍCIA - "Somos cada vez menos e com mais idade"



Em entrevista ao "Ecos do Sor", o Provincial da Congregação da Missão diz que é urgente fazer uma reconfiguração de pessoas, obras e serviços


O Pe. Álvaro Cunha, é o novo Provincial em Portugal da Congregação da Missão dos Padres Vicentinos, substituindo no cargo o Pe. José Alves.


Ecos do Sor: Pe. Álvaro Cunha, assumir, aos 44 anos, o serviço de Provincial da Congregação da Missão é um grande desafio…
Pe. Álvaro Cunha: Vejo este cargo mais como serviço a desempenhar na nossa Congregação e para o qual fui nomeado pelo Superior Geral depois de uma eleição de todos os convocados de Portugal. Tenho o serviço de orientar a Congregação da Missão em Portugal, segundo as orientações da Igreja e da Congregação.


ES: A Assembleia-Geral da Congregação reuniu, em França em Julho passado. O Pe. Álvaro marcou presença como delegado. Nesta reunião surgiram as linhas de acção da Congregação a nível mundial para os próximos seis anos. Pode enumerá-las, de uma forma sucinta?
AC: Sim, Claro. A primeira área é a da formação permanente que tem várias vertentes. A primeira ideia é que nós, padres, nos formemos e que estejamos a par de tudo aquilo que são as normas e as orientações da Igreja, em geral, e da Congregação, em particular. A formação permanente abarca também a área da oração, a área da espiritualidade e a área do estudo, por exemplo. E para quê? Para que tudo aquilo que nós somos e ao que somos chamados a fazer seja de qualidade. A segunda linha de força é a de olharmos para a nossa realidade, Congregação, no mundo inteiro. Temos cada vez menos vocações. E temos de pensar como vamos fazer a gestão dos nossos recursos humanos, das obras e dos ministérios que temos. Em muitos países é necessário pensarmos em fazer uma reconfiguração das nossas obras e serviços. E isto porque também temos de fazer uma reconfiguração de pessoas. Somos cada vez menos e com mais idade.


Conjugar os esforços

ES: Outra das linhas que surgiu na Assembleia-Geral chama-se “Câmbio Sistémico”, que é, no fundo, uma mudança de sistema. Podia explicar esta linha de acção?
AC: É dirigida a quem somos chamados a ajudar: Os pobres. Trata-se de analisar qual será o sistema que está a provocar a miséria ou a pobreza. De qual será o sistema, no fundo, que está a provocar uma perca de valores. Poderá ser, ou não, um sistema politico-económico. Queremos, no fundo, tentar descobrir quais as causas da pobreza e o que leva uma pessoa a viver em situação de miséria monetária, mas também numa ausência total de valores. O Câmbio Sistémico é então tentar ajudar a pessoa a mudar a forma de se relacionar com todas estas coisas com vista a conseguir uma vida mais estável a nível económico, espiritual e religioso. Na Assembleia-Geral surgiu ainda uma quarta linha de acção, que é a da colaboração entre os vários ramos da Família Vicentina.


ES: Qual a expectativa que tem em relação à aplicação destas linhas de acção em Portugal?
AC: Julgo que vai ser um desafio. No nosso país somos 50 padres vicentinos. Somos ainda seis na vice-província de Moçambique. A grande maioria está acima dos 65 anos. Temos de conjugar bem os esforços e fazer uma gestão bastante cuidada dos nossos ministérios, das nossas obras e dos nossos serviços.


ES: Vivemos numa conjuntura económica difícil. As previsões para 2011 apontam para um ano de crescimento quase nulo. Qual vai ser a resposta da Congregação para o ano que agora começou?
AC: Penso que não há uma resposta única a essa pergunta. Vamos continuar com o apoio às pessoas mais necessitadas nas realidades onde estamos inseridos, obviamente. Não vamos agora começar a fazer coisas porque estamos num ano de crise. Não. Nós já fazemos isso. O trabalho das Conferências Vicentinas, no acolhimento às pessoas que vêm ter connosco, e o modo de estarmos e de vivermos, demonstram-no. Penso que não é necessário tomarmos medidas de excepção porque este vai ser um ano particularmente difícil. Se olharmos bem para a realidade destes últimos tempos, ela já tem vindo a ser difícil e nós não temos colocado de lado a responsabilidade de ajudar as pessoas que de nós precisam. Tomamos, muitas vezes, medidas de excepção mas não as apregoamos.


Atenuar a dor dos que mais sofrem

ES: Os padres vicentinos têm uma relação muito próxima com o país real no auxílio que prestam aos pobres e aos carenciados. Como está o nosso país, tomando a realidade que conhece das comunidades onde a Congregação está inserida?
AC: Para além de nós, existe outra face da Família Vicentina que contacta e trabalha mais de perto com os pobres e os carenciados. Falo da Conferência Vicentina. Posso dizer que existe um aumento das pessoas que nos batem à porta e que nos pedem ajuda. Ultimamente fala-se muito de uma nova pobreza, a “pobreza envergonhada”. O problema não é novo. É uma situação que se vem arrastando há muitos anos e que conduziu à situação em que nos encontramos. Hoje vive-se muito por conta da aparência. E por vezes a aparência torna-se uma doença grave. Causa estragos a nível pessoal, familiar e social. Vamos continuar a estar atentos a esta realidade nas nossas paróquias e dar a resposta que nos seja possível de forma a atenuar a dor dos que mais sofrem.


ES: Visita Ponte de Sor com alguma regularidade. Qual foi a missão que nos trouxe até nós, desta vez?
AC: Um dos serviços do Provincial é exactamente passar pelas comunidades, estar com os confrades, ter um acompanhamento pessoal e sentir as suas dificuldades, problemas e expectativas. Por outro lado, saber como vamos concretizar as linhas de acção delineadas na última Assembleia-Geral e os objectivos para este triénio. A minha vinda nesta ocasião é nesse sentido. Vim escutar os meus confrades tendo em vista as respostas que vamos dar nas Paróquias de Ponte de Sor e de Longomel.


ES: A 25 de Janeiro celebra-se a fundação da Congregação da Missão. Quais vão as celebrações previstas para assinalar o aniversário?
AC: Vamos fazer um encontro na nossa comunidade de Santa Quitéria, em Felgueiras. São todos convocados para uma sessão de apresentação do Conselho Provincial, onde vão surgir algumas orientações do que vamos fazer este ano e ao longo do triénio. Mais tarde teremos a Eucaristia e depois um almoço convívio. Estamos em muitos lugares e encontramo-nos muito poucas vezes, logo, penso que vai ser um momento muito especial de confraternização e partilha entre a comunidade vicentina.


Fonte: