terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bispo Diocesano apela à solidariedade e à partilha



Façamos do Advento uma caminhada de esperança e optimismo, de vivência verdadeiramente cristã, de partilha solidária, de mudança de mentalidade, sabendo apontar a todos a pessoa de Jesus Cristo...


O Advento é um tempo de esperança e de optimismo. Um tempo que faz apelo àquele optimismo e àquela esperança que liberta: Jesus Cristo, o Salvador, que veio para servir e não para ser servido, que amou até ao fim para promover, libertar e salvar. Esta tem de ser a atitude do discípulo de Cristo que sabe que só “a caridade das obras garante uma força inquestionável à caridade das palavras” (João Paulo II, Novo millennio ineunte, 50).

Os tempos que vivemos são sombrios. Os próximos, segundo os entendidos, não serão melhores. O desemprego vai continuar a subir e durar!...

As Dioceses portuguesas têm feito eco das suas preocupações e iniciativas dentro deste contexto. A situação é geral e preocupante e a busca de ajuda é crescente.

Só a Caritas da nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco, no corrente ano, acolheu 5415 pessoas no atendimento social, tendo disponibilizado alimentos, vestuário, electrodomésticos, mobiliário, dinheiro e “tickets restaurante”. Encaminhou projectos de criação de emprego financiados pelo Micro crédito e pela ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores.

Tudo isto implica uma profunda reflexão para agir e ajudar a ser e a viver com dignidade.

Não se resolve nada de costas voltadas uns para os outros e, muito menos, uns contra os outros ou a ver quem faz mais - ou só diz melhor! - para contabilizar “créditos” e os fazer valer em momentos de alimentar o seu próprio ego. Esta maneira de estar e agir desumaniza e humilha aqueles a quem se julga ter servido e ajudado: isto o digo em relação às Instituições, Movimentos e Obras diocesanas que espero que entendam e nos ajudem a organizar o Serviço da Caridade para melhor responder e amar. Se assim não for, tudo poderá, então, servir para satisfazer sentimentalismos inúteis ou consciências mal formadas. A Acção Social da Igreja e de cada um dos cristãos deverá ser sinal visível da atitude e acção de Cristo no serviço da Caridade e na partilha fraterna de bens para, em comunhão e unidade, minimizar os efeitos da crise sem com isso querer retirar nem esconder a especificidade própria de cada um dos Serviços, Obras e Movimentos da Pastoral Social. A organização também é caridade e a caridade tem de ser apanágio dos Movimentos de Caridade Cristã. Perante tantas necessidades e os parcos recursos existentes, estes têm de ser geridos em conformidade e consciência.


APELO NACIONAL E DIOCESANO

Bento XVI, há seis meses atrás, no dia 13 de Maio, em Fátima, manifestou a todos os agentes da Pastoral Social e às suas Instituições, a necessidade de reflectir a “questão social” e sobretudo a prática da Compaixão, da Caridade, com todas as consequências do conteúdo bíblico destas expressões e conceitos. Ultrapassando as atitudes meramente assistencialistas, precisamos de ir ao encontro da pessoa toda, ajudando no âmbito psicológico e espiritual e na construção de um projecto de vida inclusivo que lhe permita o retomar da esperança.

Porque a fome já atinge muitas famílias afectando, sobretudo, os mais débeis, crianças e idosos, para além doutras iniciativas, está constituído um Fundo Social Solidário aprovado pela Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (conta no Millenium BCP com a designação Fundo Social Solidário, com a NIB 0033 0000 0109 0040 15012, podendo ainda ser usada a Rede Multibanco – Entidade 22222 e Referência 222 222 222), e um Fundo Diocesano gerido pela Cáritas Diocesana (a enviar para a sede da Caritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco). Estes Fundos destinam-se a apoiar os mais débeis, sejam quais forem os credos ou origens e tem como objectivo contribuir para a solução de problemas sociais e cooperar no aprofundamento e actualização da acção social da Igreja.

A tradição da Igreja diz que em caso de extrema necessidade todos os bens são comuns e, quando alguém passa necessidade, o que damos não é nosso, estamos obrigados a dar. O Papa Bento XVI na Encíclica “Caritas in Veritate” nº 6 reafirma: “Não posso «dar» ao outro do que é meu, sem antes lhe dar aquilo que lhe compete”. Só uma sociedade que se deixe conduzir por estes princípios será uma sociedade mais rica e mais humana.


INVESTIR, PRODUZIR, SEMEAR E POUPAR

É evidente que esta solidariedade não dispensa a luta e o apelo à iniciativa geradora de trabalho. Implica humanismo, sentido dos outros, capacidade de inovação e investimento por parte daquelas pessoas que têm capital. Não permite que aquele que não tem trabalho deixe cair os braços e não se mexa à procura do mesmo ou o rejeite quando ele lhe bate à porta. Faz ir no encalço de soluções libertadoras capazes de gerar auto-suficiência económica dentro duma cultura que sabe gerir bem as economias familiares, faz ganhar o gosto pela poupança e leva a reduzir os gastos inúteis ou dispensáveis numa pedagogia familiar que se torne um dever e um caminho a trilhar. Leva a sentir a necessidade de querer aprender a semear para ter e colher aquilo que sempre foi uma pequena agricultura de subsistência. Hoje, uns porque não podem (já trabalharam muito!), mas outros porque não querem, ou não sabem nem querem saber, entendem que isso é obrigação de terceiros e, sentindo-se dispensados de aprender a fazer, esperam que tudo lhes chegue de outro lado sem qualquer espécie de esforço ou preocupação.

É urgente “um novo equilíbrio entre agricultura, indústria e serviços, para que o desenvolvimento seja sustentável, não falte pão para ninguém e para que o trabalho, o ar, a água e os demais recursos primários sejam preservados como bens universais (Caritas in Veritate, 27).

Como seria bom que houvesse cursos, também remunerados, para ensinar a cavar e a semear!...

Façamos do Advento uma caminhada de esperança e optimismo, de vivência verdadeiramente cristã, de partilha solidária, de mudança de mentalidade, sabendo apontar a todos a pessoa de Jesus Cristo, o Seu despojamento total por todos nós, o que Ele fez e disse, como disse e fez.


25 de Novembro de 2010

+ Antonino Dias
Bispo de Portalegre-Castelo Branco


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pastoral Juvenil e Vocacional com novo site na Internet



A Pastoral Juvenil e Vocacional da nossa Diocese acaba de criar um novo espaço na Internet.

É um espaço de encontro, de partilha, de informação e formação.

Será também o sítio onde serão preparadas as Jornadas Mundiais da Juventude, dadas todas as indicações e feitas as inscrições para as JMJ 2011 Madrid.

A visitar em: http://pastoraljuvenilpcb.pt.vu


sábado, 27 de novembro de 2010

Liturgia da Eucaristia do I Domingo do Advento, 28.11.2010



I DOMINGO DO ADVENTO - ANO A
28 de Novembro de 2010


A liturgia deste domingo apresenta um apelo veemente à vigilância. O cristão não deve instalar-se no comodismo, na passividade, no desleixo, na rotina; mas deve caminhar, sempre atento e sempre vigilante, preparado para acolher o Senhor que vem e para responder aos seus desafios.

A primeira leitura convida os homens – todos os homens, de todas as raças e nações – a dirigirem-se à montanha onde reside o Senhor… É do encontro com o Senhor e com a sua Palavra que resultará um mundo de concórdia, de harmonia, de paz sem fim.

A segunda leitura recomenda aos crentes que despertem da letargia que os mantém presos ao mundo das trevas (o mundo do egoísmo, da injustiça, da mentira, do pecado), que se vistam da luz (a vida de Deus, que Cristo ofereceu a todos) e que caminhem, com alegria e esperança, ao encontro de Jesus, ao encontro da salvação.

O Evangelho apela à vigilância. O crente ideal não vive mergulhado nos prazeres que alienam, nem se deixa sufocar pelo trabalho excessivo, nem adormece numa passividade que lhe rouba as oportunidades; o crente ideal está, em cada minuto que passa, atento e vigilante, acolhendo o Senhor que vem, respondendo aos seus desafios, cumprindo o seu papel, empenhando-se na construção do “Reino”.



---------------------------------





Para ver a Leituras do I Domingo do Advento, clique AQUI.

Para ver o Evangelho do I Domingo do Advento, clique AQUI.

Para ver uma reflexão sobre o Evangelho do I Domingo do Advento, clique AQUI.



Fontes:
Ecclesia
Farol de Luz
SDPLViseu

Comemoração da Manifestação de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa



NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA


Narrativa da segunda aparição

Tudo acontece no dia 27 de Novembro de 1830. Catarina reza na capela da Rue du Bac.
De repente, vê, como que vindo do céu, a Mãe de Jesus, vestida com uma túnica de seda branca, de pé, sobre meio globo terrestre. Com os pés esmagava uma serpente.
A virgem Santíssima trazia nas suas mãos uma bola encimada por uma cruz. E Catarina ouve:
«Esta bola representa a França e o mundo em geral...e cada pessoa em particular».
Depois, a bola desaparece, e as mãos de Nossa Senhora abrem-se. Dos seus dedos saem raios luminosos que descem sobre a terra.
«Estes raios — diz a Virgem Maria — são símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem».
Nesse instante, forma-se em volta de Nossa Senhora, como que uma moldura oval, em forma de medalha, na qual estava escrito a letras douradas: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.
E Catarina escuta novamente:
«Faz cunhar uma medalha conforme este modelo. Todas as pessoas que a trouxerem junto ao coração, com confiança receberão, por ela, muitas graças».
Depois, essa moldura voltou-se e Catarina vê a letra M coroada por uma cruz. Esta tinha na base dois corações: o coração de Jesus, rodeado pela coroa de espinhos e o coração de Maria, traspassado por uma lança. Dos dois corações saia uma espécie de chama, que representa a chama da caridade que anima a vida dos discípulos de Jesus. Vê, ainda, doze estrelas que representam os doze apóstolos, as colunas da Igreja.
Em seguida tudo desapareceu.
Em Dezembro do mesmo ano, Nossa Senhora aparece, uma vez mais, a Catarina a fim de a animar na missão que lhe tinha confiado.

Comentário:

Maria deixa um símbolo, um sinal singelo, inesquecível, com o qual deseja que nos familiarizemos: a Medalha Milagrosa. No Evangelho, o personagem que mais fala, não propriamente, Maria. Porém, é Ela quem nos diz a Palavra mais importante: Jesus Cristo, Verbo encarnado. Ela conduz-nos, por isso, ao essencial do Evangelho: às Bem-aventuranças. E faz isso mesmo por meio da Medalha. Através dela conduz-nos a Jesus e ao coração do Evangelho: viver segundo o espírito das Bem-aventuranças.
Bem-aventurados os corações simples; bem-aventurados os de coração humilde e singelo, pois verão a Deus. Reparai... Maria escolheu sempre os simples e humildes para serem os transmissores da sua mensagem… e porquê? Porque só eles são capazes de ver Deus.
A Medalha Milagrosa é um sinal pelo qual Maria nos convoca à fé e à absoluta confiança em Deus. Convida-nos a acreditar no amor/caridade como única força capaz de transformar o tudo.
Bem-aventurados os de coração puro. A Medalha é um convite a viver de coração orientado para Deus com rectidão e honestidade, com transparência e fidelidade. Maria convida-nos a superar as aparências, a ver além do que os olhos vêem porque “o essencial é invisível aos olhos” (Antoine de Saint-Exupéry, in: O Principezinho). Maria convida-nos a descobrir que há em cada pessoa um coração capaz de amar seja quem for.

Na Medalha, Maria está de pé e recorda-nos, assim, a sua presença activa na sociedade. É a mulher que esmaga a cabeça da serpente que representa a sedução do pecado que ela calca com os pés. As suas mãos abertas, estendidas em direcção à terra, expressam-nos a sua bondade, o seu acolhimento e solicitude maternal.
O globo nas suas mãos representa toda a terra transformado pela presença de Deus, “o novo céu e a nova terra, onde reinará a justiça” (Ap 21,1). Os raios de luz que descem das suas mãos são símbolos das graças que Maria nos oferece. Raios que iluminam o mundo afectado pela pobreza, guerra, violência, egoísmo, orgulho e pela exclusão. Maria está ao lado dos pobres; Ela é a “escrava do Senhor”.

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.
O reverso da Medalha lembra-nos o grande projecto do amor de Deus pelos homens. Os dois corações unidos, os de Jesus e o de Maria, significam o Amor, um Amor que se doa infinitamente, que aceita o sofrimento e, até mesmo a morte, pelo bem do mundo. A letra M sobre a cruz diz-nos que Maria acompanha o Filho na sua Paixão pela humanidade. As doze estrelas são símbolo da Igreja. Igreja convocada por Jesus para viver em conformidade com o Evangelho. Lugar da fé comunitária. Maria reúne-nos como no Cenáculo para acolher o Espírito Santo.
A Medalha Milagrosa é uma mensagem de amor para os pobres. Foram os pobres que a chamaram de “Medalha Milagrosa” pelos seus inumeráveis favores conseguidos por ela. Os pobres descobrem na Medalha Milagrosa o seu “catecismo”, a aproximação da salvação. A linguagem da Medalha foi rapidamente entendida e assimilada pelo povo que sofre e que, ao mesmo tempo, vive aberto a Deus e às maravilhas do Seu amor.
Esta mensagem de Maria é, uma vez mais, o chamamento a uma Fé e Caridade profundamente renovadas e plenas de Esperança.
Aceitar e adoptar a Medalha com fé, significa dizer sim à convocatória de Maria. A encarnar o seu Magnificat, recordado por Paulo VI e por João Paulo II: “construir a civilização do amor”. Uma civilização não baseada somente no progresso material e na insaciável ganância, mas, sobretudo, no “desenvolvimento integral da pessoa humana, no amor, na justiça, no respeito pela diferença e pela dignidade de “todos os homens e do homem todo”.
Hoje a mensagem de Maria está na nossas mãos e cremos que também, e acima de tudo, nos corações. Ela confiou esta mensagem aos jovens da JMV. Exorto-vos a colocar-vos no lugar de Santa Catarina Labouré. O nosso compromisso actual é muito mais do que expor uma medalha ou um lenço com as insígnias da Associação. O compromisso leva-nos a viver o Evangelho e a ser neste mundo, especialmente no mundo dos jovens, como “fermento na massa” ou “semente lançada à terra”.

A mensagem da Medalha desafia-nos:
  • a empreender um caminho de renovação e de conversão permanente;
  • a “aprender a orar pessoal e comunitariamente para aprofundar a experiência de Deus”;
  • “a fortalecer e aprofundar o crescimento da Fé através do contacto directo com a Palavra de Deus e a vivência sacramental, especialmente a Eucaristia e a Reconciliação”;
  • a empenhar-nos e aprofundar o “processo formativo para que contemple todos os aspectos de uma formação integral”;
  • a animar-nos na descoberta da “riqueza do carisma vicentino, assumindo pessoal e comunitariamente um serviço de contacto directo com os pobres”;
  • a aprofundar o sentido de pertença à Família Vicentina;

O Documento Final da III Assembleia Geral da JMV, realizada em Agosto, termina assim: “Concluímos esta Assembleia Geral com as mãos cheias de sementes para semear esperança onde quer que nos encontremos. Com a graça de Deus e o esforço das nossas mãos, esperamos que, como as sementes lançadas à terra, cresçamos com força e enraizados em Cristo. O tempo é hoje!”

P. Fernando, CM
(Assessor Nacional)


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Banco Alimentar em nova campanha





Os Bancos Alimentares Contra a Fome voltam a apelar à solidariedade dos portugueses para mais uma recolha de alimentos nos dias 27 e 28 deste mês.

Através da doação de alimentos, as comunidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Beja, Aveiro, Abrantes, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima, Oeste, Algarve, Portalegre, Braga, Santarém, Viseu, Viana do Castelo, e das ilhas de São Miguel e Terceira estão convidadas a ajudar as famílias mais carenciadas.

Voluntários devidamente identificados estarão à porta de 1147 estabelecimentos comerciais.

Só este ano, as iniciativas promovidas pelos 17 Bancos Alimentares, a nível nacional, já permitiram prestar auxílio a mais de 280 mil pessoas.

O fruto desta Campanha, como habitualmente, será distribuído de imediato, a nível local, a todos aqueles que tenham carências alimentares comprovadas, num esforço que contará com o contributo de mais de 30 mil voluntários (para a recolha) e 1800 instituições de Solidariedade Social (para a distribuição).

De acordo com um estudo publicado no site do Banco Alimentar, um em cada quatro pobres do país não come, pelo menos, um dia por semana.

Este trabalho, realizado pela Universidade Católica em parceria com os Bancos Alimentares e a Entreajuda, contou com a participação de 15 mil inquiridos.

Mais de 20 por cento não conseguiam armazenar comida suficiente até ao final do mês, por não terem dinheiro.

Porto, com (com 73 137 carenciados a receber apoio alimentar), Lisboa, (72 155) Aveiro (30 000) e Setúbal (33 600) são actualmente as zonas mais apoiadas pelas campanhas do Banco Alimentar.

Em simultâneo decorre até dia 5 de Dezembro, a Campanha “Ajuda que Vale”, que permite a recolha de alimentos sob a forma de vales que representam alguns produtos básicos à alimentação, como azeite, óleo, leite, salsichas e atum. Cada cupão representa uma unidade do produto (por exemplo, ‘1 litro de azeite’, ‘1 litro de leite’, etc.).

Na última Campanha de Recolha de Alimentos realizada em Maio deste ano (entre os dias 29 e 30) foram recolhidas 1948 toneladas de géneros alimentares, correspondendo a um acréscimo de 3,9% face à quantidade recolhida na mesma campanha de 2009.

Os Bancos Alimentares Contra a Fome distribuem, ao longo de todo o ano, os géneros alimentares recorrendo a Instituições de Solidariedade Social por si seleccionadas e acompanhas em permanência.

Incentivam as visitas domiciliárias e o acompanhamento muito próximo e individualizado de cada pessoa ou família necessitada por estas instituições, de forma a ser possível efectuar, em simultâneo, um verdadeiro trabalho de inclusão social.


Fonte: Agência Ecclesia


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ida a Mem Soares



No próximo Sábado, dia 27 de Novembro, celebra-se a aparição de Nossa Senhora a Santa Catarina de Labouré.

Para assinalar este dia - o dia da JMV - a Juventude Mariana Vicentina de Alferrarede irá a Mem Soares celebrar esta data junto dos outros movimentos da Família Vicentina.

Partimos do largo da igreja às 8h.

Contamos contigo!


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Noite de Fados JMV


Vídeo da Noite de Fados, organizada pela Juventude Mariana Vicentina de Alferrarede no passado Sábado, dia 20 de Novembro, no Centro Cívico de Alferrarede Velha.

Fadista: Dora Maria






Muito obrigado a todas as pessoas presentes e a todos os que contribuíram com a JMV de Alferrarede:
- Junta de Freguesia de Alferrarede;
- Centro Cívico de Alferrarede Velha;
- Sr. Cerejo;
- Sr. Luís Trindade;
- Sr. Francisco;
- Fadistas;
- Pais e familiares dos jovens da JMV de Alferrarede.


domingo, 21 de novembro de 2010

Liturgia da Solenidade Cristo Rei, 21.11.2010



XXXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C
SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
21 de Novembro de 2010


A Palavra de Deus, neste último domingo do ano litúrgico, convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus. Deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se exerce no amor, no serviço, no perdão, no dom da vida.

A primeira leitura apresenta-nos o momento em que David se tornou rei de todo o Israel. Com ele, iniciou-se um tempo de felicidade, de abundância, de paz, que ficou na memória de todo o Povo de Deus. Nos séculos seguintes, o Povo sonhava com o regresso a essa era de felicidade e com a restauração do reino de David; e os profetas prometeram a chegada de um descendente de David que iria realizar esse sonho.

O Evangelho apresenta-nos a realização dessa promessa: Jesus é o Messias/Rei enviado por Deus, que veio tornar realidade o velho sonho do Povo de Deus e apresentar aos homens o “Reino”; no entanto, o “Reino” que Jesus propôs não é um Reino construído sobre a força, a violência, a imposição, mas sobre o amor, o perdão, o dom da vida.

A segunda leitura apresenta um hino que celebra a realeza e a soberania de Cristo sobre toda a criação; além disso, põe em relevo o seu papel fundamental como fonte de vida para o homem.



------------------------------------------------




Para ver a Leituras da Solenidade do Cristo Rei, clique AQUI.

Para ver o Evangelho da Solenidade do Cristo Rei, clique AQUI.

Para ver uma reflexão sobre o Evangelho da Solenidade do Cristo Rei, clique AQUI.



Fontes:
A Caminho
Ecclesia
Farol de Luz
SDPLViseu


sábado, 13 de novembro de 2010

Liturgia da Eucaristia do XXXIII Domingo do Tempo Comum, 14.11.2010



XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C
14 de Novembro de 2010


A liturgia deste domingo reflecte sobre o sentido da história da salvação e diz-nos que a meta final para onde Deus nos conduz é o novo céu e a nova terra da felicidade plena, da vida definitiva. Este quadro (que deve ser o horizonte que os nossos olhos contemplam em cada dia da nossa caminhada neste mundo) faz nascer em nós a esperança; e da esperança brota a coragem para enfrentar a adversidade e para lutar pelo advento do Reino.

Na primeira leitura, um “mensageiro de Deus” anuncia a uma comunidade desanimada, céptica e apática que Jahwéh não abandonou o seu Povo. O Deus libertador vai intervir no mundo, vai derrotar o que oprime e rouba a vida e vai fazer com que nasça esse “sol da justiça” que traz a salvação.

O Evangelho oferece-nos uma reflexão sobre o percurso que a Igreja é chamada a percorrer, até à segunda vinda de Jesus. A missão dos discípulos em caminhada na história é comprometer-se na transformação do mundo, de forma a que a velha realidade desapareça e nasça o Reino. Esse “caminho” será percorrido no meio de dificuldades e perseguições; mas os discípulos terão sempre a ajuda e a força de Deus.

A segunda leitura reforça a ideia de que, enquanto esperamos a vida definitiva, não temos o direito de nos instalarmos na preguiça e no comodismo, alheando-nos das grandes questões do mundo e evitando dar o nosso contributo na construção do Reino.






A primeira leitura exalta a dignidade da mulher num tempo em que ela era posta de lado, à margem da sociedade.
A Bíblia considera a mulher cheia de graça e de beleza e capaz de realizar obras únicas e maravilhosas.
Já São Paulo nos avisa que, mesmo julgando-se o ser humano senhor absoluto de si mesmo, a nossa vida é passageira. Aproveitemo-la então para fazer o bem e alcançar a felicidade eterna.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Magusto da Paróquia de Alferrarede


No próximo Sábado, dia 13 de Novembro, a partir das 16h, haverá um magusto da Paróquia de Alferrarede no Largo da Igreja.

Todos estão convidados. Apareçam!


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Família Vicentina - Programa Ecclesia


No dia 9 de Novembro (terça-feira), às 18horas será transmitida pela RTP (TV Eclesia - Portugal), o encerramento dos 350 anos da glorificação dos Fundadores das Filhas Caridade e Padres da Congregação da Missão, São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac.

O encerramento do ano jubilar aconteceu em Fátima, no Paulo VI, no dia 5 de Outubro do corrente ano.

O programa de encerramento:

* Vida de São Vicente de Paulo (apresentado pelos Ramos da Família Vicentina) - manhã

* Vida de Santa Luísa de Marillac (apresentado pelos Ramos da Família Vicentina, alunos do Externato - Lisboa) - Tarde

* Eucaristia



domingo, 7 de novembro de 2010

Semana de Oração pelos Seminários | 7 a 14 de Novembro




Senhor, quero o que Tu queres - a profecia de esperar vocações sacerdotais


Semana dos Seminários - 7 a 14 de Novembro 2010



A Igreja vive mais uma vez, este ano entre 7 e 14 de Novembro, a já habitual Semana dos Seminários. É a ocasião de rezar pelo Seminário e de com ele fazer alguma partilha. E é a ocasião e a oportunidade de relançar o desafio da reflexão sobre as vocações ao Sacerdócio ministerial na Igreja e sobre os contextos em que se formam os novos padres.

Cada vez que reflectimos o Seminário olhamos sempre para ele como uma continuidade daquela primeira comunidade que os discípulos formavam com Jesus. Foram chamados a partir das suas vidas normais por Jesus que passava e tinha para eles um projecto de vida, seguiram-n’O, andaram com Ele, ouviram as sua palavras, contemplaram as suas acções, confrontaram-se e debateram-se com as necessidades da mudança das suas vidas, acolheram a radicalidade do chamamento e acolheram, sobretudo, o dom do Espírito para a missão como arautos de Cristo ressuscitado. Em novas coordenadas de tempo, espaço e cultura, os nossos Seminários são o ambiente em que muitos jovens recolocam hoje esses mesmos dinamismos.

Sempre que se fala dos Seminários reflecte-se também o número de jovens que neles entra e que, depois, abraça o Sacerdócio. Não sendo redutível a números ou a meras estatísticas, a vida cristã pode encontrar neles, contudo, uma evidência ineludível, um desafio e uma oportunidade. E, na nossa Diocese, a evidência, brutalmente irrefutável, dos números assusta. Não conseguimos dar o justo descanso aos Sacerdotes que, se o desejassem, já o mereciam e também não temos conseguido chamar muitos jovens ao Seminário e ao Sacerdócio.

O que de bom pode ter o “susto” é que, quando não nos imobiliza, nos torna mais atentos e dispertos. E, fruto de muitas coisas e, sobretudo, da Graça de Deus, temos um pequeno grupo no Pré-Seminário que todos os meses se encontra no Seminário de Alcains e temos em Lisboa – no itinerário de formação dos Seminários de S. José e dos Olivais em conjugação com a Universidade Católica – três Seminaristas: o Miguel Coelho (de Montalvo) no tempo propedêutico; e o Miguel Serra (de Nisa) e o Pedro Dias (de Cº Branco) no 1º ano do curso teológico. No próximo ano, querendo Deus e os homens ajudando, entrará no tempo propedêutico mais um jovem da nossa Diocese até agora em discernimento no Pré-Seminário.

Nego-me, pois, a acreditar que Deus não chame mais jovens para O seguirem e O servirem na Igreja. A crise, se existe, não é de chamamento. É de resposta! Deus continua a chamar mas há falta de quem responda com a entrega da vida.

Se não se pode interrogar a desertificação populacional e social dos nossos territórios geográficos, se não se pode interrogar a liberdade das escolhas pessoais por outros caminhos que não o sacerdotal, podemos, ao menos, seguramente, interrogar o tipo de instrumento de transmissão da fé que, enquanto comunidades de Igreja, somos e fazemos presente.

Toda a vocação é uma história de liberdade em processo de oferta até ao dom total de si. Sempre em liberdade. Não há nada mais forte do que uma liberdade cativada e entusiasmada. E o mais bonito da liberdade é que, precisamente quando reconhece sentido num projecto ou faz a experiência do amor, tem uma ousadia de resposta e de compromisso fortíssimos. Ninguém pode responder em vez de ninguém e ninguém tem vocação em vez de ninguém. Mas todos podemos ajudar a que cada pessoa descubra o melhor da vida e o melhor que tem em si e para dar.

Seguramente que a renovação dos nossos quadros vocacionais passará pela renovação das famílias enquanto escolas de valores, escolas de oração, escolas de fidelidade e de amor, escolas de alargamento de horizontes, escolas de obediência e de confiança, de misericórdia e de caridade. Seguramente quem sim.

Mas, e por anda a experiência da grande família que somos como Igreja, a grande família de Deus!? Teremos perdido, por falta de fé e de oração (à qual adicionaríamos a meditação da Palavra, a fidelidade, o testemunho, a entrega) a capacidade de sermos escola de oração, de fidelidade e de amor, de obediência e de confiança, de misericórdia e de caridade!? Teremos tido a tentação de reduzir a Igreja apenas a uma factor e fenómeno sociológico!? Mas a vocação a ser Igreja e a vocação ao sacerdócio não se resumem a algo apenas do foro sociológico. Não se pede a um jovem que seja padre por favor como não se pede a um jovem que seja pai por favor ou que seja feliz por favor. O núcleo da proposta vocacional tem de brotar de outro dinamismo. Pode brotar de muitas maneiras e por muitos e diversificados caminhos mas, na sua maior profundidade, é sempre oferta e dom de si. É fruto e expressão da nossa própria vitalidade cristã desinibida, ousada, alegre, com sentido, com profundidade. A proposta vocacional não é um convite a reduzir perspectivas ou a estreitar horizontes. É antes um convite a confiar em Deus, a alargar os horizontes n’Ele e pela perspectiva do seu olhar sobre o mundo e sobre o próprio homem. Quem hipotecaria o seu futuro por uma proposta frouxa, sem garra, sem alegria e sem fé?! E como seremos nós, Igreja, capazes de entusiasmar genuína e autenticamente os nossos jovens por Jesus Cristo ao ponto de darem por Ele as suas vidas?

A nossa Diocese tem Famílias Cristãs, tem Presbíteros, tem Leigos cristãos empenhados, tem Ministros Extraordinários da Comunhão, Ministros da Celebração na ausência de Presbítero, Professores de Religião e Moral e Professores cristãos, Animadores e Líderes de Grupos, Movimentos variados e Organismos paroquiais diversificados, Catequistas, Escuteiros, Grupos de Jovens, Religiosos e Religiosas, Diáconos Permanentes (e em trânsito), Visitadores de Doentes, Centros Sociais paroquiais, Animadores da Liturgia, Coros e chefes de Coro, Zeladoras de Altares, Grupos de reflexão do Plano Pastoral, imensos Secretariados e/ou Departamentos, Adoradores do Santíssimo Sacramento, Institutos seculares e de Vida Consagrada, Sacristães, etc, etc.

Como é que cada um se perspectiva em relação à vocação ao Sacerdócio ministerial? Que palavras escolhe cada um quando chega a hora de reflectir o mesmo Sacerdócio e de o dizer aos outros? Com que entusiasmo, alegria e sentido se reflectem as vocações (e em particular a Sacerdotal) nos contextos em que cada um é responsável? Que reacção pública e privada se tem diante das propostas da Igreja diocesana? O que se espera individual e comunitariamente do padre? Com que coragem se é capaz de propor a vocação sacerdotal como possibilidade a um jovem? Como se têm ajudado os jovens que tenham confidenciado viver com uma interrogação vocacional? O que conta mais nas nossas decisões, o bem da Igreja ou o nosso pequeno grupo?
No início da sua pregação, Jesus, depois de ter falado às multidões a partir da barca, disse a Pedro: faz-te ao largo e lança as redes (Lc 5, 4 s). O Apóstolo e os primeiros discípulos confiaram na Palavra de Cristo e deitaram as redes. E, tendo-o feito, diz o Evangelho que apanharam uma grande quantidade de peixe (Ibid).

Para chegarem um dia ao Presbitério, às Comunidades paroquiais, aos diversos organismos e serviços, os padres têm de nascer, precisamente, do cuidado e da oração do Presbitério, da atenção e da oração das Comunidades paroquiais, da oração e da experiência de comunhão de todos os organismos e serviços.

Hoje, na Igreja, é profético tomar a sério o chamamento de Deus e esperar vocações ao Sacerdócio ministerial.


p. Emanuel Matos Silva - Reitor do Seminário Diocesano


sábado, 6 de novembro de 2010

Liturgia da Eucaristia do XXXII Domingo do Tempo Comum, 07.11.2010





XXXII DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C
07 de Novembro de 2010


A liturgia deste domingo propõe-nos uma reflexão sobre os horizontes últimos do homem e garante-nos a vida que não acaba.

Na primeira leitura, temos o testemunho de sete irmãos que deram a vida pela sua fé, durante a perseguição movida contra os judeus por Antíoco IV Epifanes. Aquilo que motivou os sete irmãos mártires, que lhes deu força para enfrentar a tortura e a morte foi, precisamente, a certeza de que Deus reserva a vida eterna àqueles que, neste mundo, percorrem, com fidelidade, os seus caminhos.

No Evangelho, Jesus garante que a ressurreição é a realidade que nos espera. No entanto, não vale a pena estar a julgar e a imaginar essa realidade à luz das categorias que marcam a nossa existência finita e limitada neste mundo; a nossa existência de ressuscitados será uma existência plena, total, nova. A forma como isso acontecerá é um mistério; mas a ressurreição é uma certeza absoluta no horizonte do crente.

Na segunda leitura temos um convite a manter o diálogo e a comunhão com Deus, enquanto esperamos que chegue a segunda vinda de Cristo e a vida nova que Deus nos reserva. Só com a oração será possível mantermo-nos fiéis ao Evangelho e ter a coragem de anunciar a todos os homens a Boa Nova da salvação.



----------------------------------------------




Para ver a Leituras do XXXII Domingo do Tempo Comum, clique AQUI.

Para ver o Evangelho do XXXII Domingo do Tempo Comum, clique AQUI.

Para ver uma reflexão sobre o Evangelho do XXXII Domingo do Tempo Comum, clique AQUI.



Fontes:
Ecclesia
Farol de Luz
SDPLViseu

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Distribuição dos alimentos do Banco Alimentar





No próximo Sábado, dia 6 de Novembro, iremos proceder à distribuição dos alimentos do Banco Alimentar pelas famílias carenciadas da nossa Paróquia.

Encontramo-nos no Salão Paroquial às 15h. Contamos contigo!


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dia de Todos os Santos






Dos Santos aos Fiéis Defuntos



Celebrações marcam profundamente a religiosidade dos portugueses


A proximidade destes dois dias do princípio de Novembro, respectivamente o dia 1 e 2 deste mês, levou a que frequentemente se imagine que se trata de uma única celebração em dois dias consecutivos. No entanto, não é assim, embora cada um destes dois dias tenha muito de comum, que é a celebração do mistério da vida para além da morte e a esperança de nela tomarmos parte, como membros do mesmo e único Corpo de Cristo.

Os Santos sempre foram celebrados desde o princípio do Cristianismo, particularmente os Mártires. As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os Santos quer no contexto feliz do tempo pascal quer na semana imediatamente a seguir. Os santos - com destaque para os mártires - são, de facto, modelo sublime de participação no mistério pascal.

No Ocidente, foi o Papa Bonifácio IV a introduzir uma celebração semelhante em 13 de Maio de 610, quando dedicou à santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, dedicação essa que passou a ser comemorada todos os anos. A partir destes antecedentes, as diversas Igrejas começaram a celebrar em datas diferentes celebrações com idêntico conteúdo. Os irlandeses, por exemplo, celebravam em 20 de Abril uma festa em honra de todos os Santos da Europa.

A data de 1 de Novembro foi adoptada primeiro na Inglaterra do século VIII acabando por se generalizar progressivamente no império de Carlos Magno (influência de Alcuíno, que era inglês), tornando-se obrigatória no reino dos Francos no tempo de Luís, o Pio (835), talvez a pedido do Papa Gregório IV. Na solenidade de todos os Santos, a Igreja propõe-se esta visão da glória, às portas do inverno, para que, com o cair das folhas das árvores e o apagar-se gradual da luz do dia, não esmoreça nos seus filhos a esperança da vida e da vida plena em Deus, onde os Santos são para nós ainda peregrinos na Terra, um estímulo e um contínuo convite a que desejemos, para além da morte, a vida eterna em Deus.

O dia de Todos os Santos é, por isso, um dia de festa que não deve ser ofuscada pela celebração do dia que se lhe segue. A comemoração de todos os Fiéis Defuntos nasceu, no entanto, em ligação com a celebração do dia anterior, e muito naturalmente, pois que também nela se celebra a vida para além da morte, na esperança da ressurreição do último dia.

O dia chama-se Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, depois de Todos os Santos, todos os que partiram deste mundo, marcados com o sinal da fé e esperam ainda a purificação total para poderem chegar à visão de Deus.

O nome tradicional para falar dos que partiram é Defuntos - palavra que significa os que deixaram a sua "função" , a sua actividade terrena e que não devem ser chamados "Finados", palavra de sabor pagão, que significaria os que chegaram ao fim de tudo quanto é vida, onde não haveria lugar para "a vida do mundo que há-de vir", como professamos no Credo. Foi o Abade de Cluny, S. Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem - e eram muitos e influentes - se fizesse a comemoração de todos os defuntos «desde o princípio até ao fim do mundo» no dia a seguir ao da solenidade de todos os Santos.

Este costume depressa se generalizou. Roma oficializou-o no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de Valência (Espanha) o privilégio de celebrar 3 missas em 2 de Novembro, prática que se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses e ainda na Polónia. Durante a primeira Grande Guerra, o Papa Bento XV generalizou esse uso a toda a Igreja (1915).

O Calendário de 1969 equipara a Comemoração às Solenidades, dando-lhe precedência sobre os domingos. Também a sucessão dos dois dias litúrgicos insinua esta íntima ligação dos dois cultos: a Igreja pretende abraçar todos os cristãos que já concluíram a sua peregrinação terrena, a começar por aqueles nos quais já se cumpriu integralmente o mistério pascal com o triunfo da ressurreição de Jesus Cristo.


Fonte:
Ecclesia