Bento XVI considera que situação estrutural de insegurança gera comportamentos antiprodutivos
A nova encíclica de Bento XVI, "Caritas in veritate", condena as actuais práticas de deslocalizações e de precariedade no trabalho, afirmando que "uma situação estrutural de insegurança gera comportamentos antiprodutivos e de desperdício de recursos humanos".
"Não é lícito deslocalizar somente para gozar de especiais condições de favor ou, pior ainda, para exploração, sem prestar uma verdadeira contribuição à sociedade local", enfatiza.
O Papa questiona a "redução das redes de segurança social", considerando que a mesma acarreta um "grave perigo para os direitos dos trabalhadores", e lamenta situações de "falta de protecção eficaz por parte das associações de trabalhadores".
Bento XVI escreve que a gestão da empresa "não pode ter em conta unicamente os interesses dos proprietários da mesma, mas deve preocupar-se também com as outras diversas categorias de sujeitos que contribuem para a vida da empresa: os trabalhadores, os clientes, os fornecedores dos vários factores de produção, a comunidade de referência".
O documento fala da importância das várias tipologias de empresariado, que ultrapassam o binómio mercado-Estado com formas de economia solidária: "Não se trata apenas de um «terceiro sector», mas de uma nova e ampla realidade complexa, que envolve o privado e o público e que não exclui o lucro mas considera-o como instrumento para realizar finalidades humanas e sociais".
Bento XVI identifica um "nexo directo entre pobreza e desemprego. Em muitos casos, os pobres são o resultado da violação da dignidade do trabalho humano". A encíclica inclui uma chamada de atenção também para "a urgente necessidade de as organizações sindicais dos trabalhadores - desde sempre encorajadas e apoiadas pela Igreja - se abrirem às novas perspectivas que surgem no âmbito laboral", sobretudo a favor dos trabalhadores explorados e não representados.
Uma longa passagem do documento explica o que o Papa entende por um trabalho "decente", ou seja, "um trabalho que, em cada sociedade, seja a expressão da dignidade essencial de todo o homem e mulher: um trabalho escolhido livremente, que associe eficazmente os trabalhadores, homens e mulheres, ao desenvolvimento da sua comunidade".
O documento defende um trabalho que "permita aos trabalhadores serem respeitados sem qualquer discriminação; um trabalho que consinta satisfazer as necessidades das famílias e dar a escolaridade aos filhos, sem que estes sejam constrangidos a trabalhar".
Também para os reformados é pedida uma "uma condição decorosa".
"Não é lícito deslocalizar somente para gozar de especiais condições de favor ou, pior ainda, para exploração, sem prestar uma verdadeira contribuição à sociedade local", enfatiza.
O Papa questiona a "redução das redes de segurança social", considerando que a mesma acarreta um "grave perigo para os direitos dos trabalhadores", e lamenta situações de "falta de protecção eficaz por parte das associações de trabalhadores".
Bento XVI escreve que a gestão da empresa "não pode ter em conta unicamente os interesses dos proprietários da mesma, mas deve preocupar-se também com as outras diversas categorias de sujeitos que contribuem para a vida da empresa: os trabalhadores, os clientes, os fornecedores dos vários factores de produção, a comunidade de referência".
O documento fala da importância das várias tipologias de empresariado, que ultrapassam o binómio mercado-Estado com formas de economia solidária: "Não se trata apenas de um «terceiro sector», mas de uma nova e ampla realidade complexa, que envolve o privado e o público e que não exclui o lucro mas considera-o como instrumento para realizar finalidades humanas e sociais".
Bento XVI identifica um "nexo directo entre pobreza e desemprego. Em muitos casos, os pobres são o resultado da violação da dignidade do trabalho humano". A encíclica inclui uma chamada de atenção também para "a urgente necessidade de as organizações sindicais dos trabalhadores - desde sempre encorajadas e apoiadas pela Igreja - se abrirem às novas perspectivas que surgem no âmbito laboral", sobretudo a favor dos trabalhadores explorados e não representados.
Uma longa passagem do documento explica o que o Papa entende por um trabalho "decente", ou seja, "um trabalho que, em cada sociedade, seja a expressão da dignidade essencial de todo o homem e mulher: um trabalho escolhido livremente, que associe eficazmente os trabalhadores, homens e mulheres, ao desenvolvimento da sua comunidade".
O documento defende um trabalho que "permita aos trabalhadores serem respeitados sem qualquer discriminação; um trabalho que consinta satisfazer as necessidades das famílias e dar a escolaridade aos filhos, sem que estes sejam constrangidos a trabalhar".
Também para os reformados é pedida uma "uma condição decorosa".
Fonte: Agência Ecclesia
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