É recebendo-os que se torna cristão, porque toda a construção (quer se trate de um cristão individual quer do conjunto da Igreja) para se manter de pé, precisa de fundações. Estes sacramentos são o Baptismo, a Confirmação ou Crisma e a Eucaristia. Não nascemos cristãos, mas tornamo-nos pela Fé que se recebe. É uma semente de vida nova que irá crescer e amadurecer. Por isso temos necessidade de ser iniciados na vida cristã, para podermos compreender o que recebemos e no que nos tornamos, a fim de colaborar com a acção de Deus em nós.
O Baptismo tem as suas raízes nas entranhas da criação, donde jorram as suas fontes. No mistério da água. Toda a vida é um canto de louvor à água. Fonte de vida. A água é alimento, alegria, música, inércia e movimento, doçura e força. A água tem dois pólos: vida-fecundidade e morte-destruição. Fecunda e purifica. Jesus fala a Nicodemos: “Nascer da água e do Espírito”.
Todos nós precisamos de uma família para nascer e crescer. Pelo baptismo tornamo-nos filhos de Deus, irmãos de Jesus, amigos do Espírito Santo, membros da Sua família ou seja da Igreja, irmãos de todos os homens. “Se vos amardes uns aos outros, todos reconhecerão que sois meus amigos” (Jo. 13,34). Jesus ensinou-nos a viver uma vida voltada para os outros, uma vida dedicada ao bem dos nossos semelhantes. Por isso mesmo, Ele curava os doentes, ressuscitava os mortos, ajudava todo aquele que precisava de auxílio, defendia os fracos e os humilhados e, acima de tudo, pregava a fraternidade. Todo o cristão é convidado a penetrar no mundo, na sociedade, no seu trabalho, na família, onde quer que esteja, tentando, com coragem, força e muita Fé, modificar o que estiver errado, para fazer crescer e triunfar a Palavra de Deus.
Pelo Sacramento da Crisma recebemos os dons do Espírito Santo. “Os apóstolos impunham as mãos sobre eles e eles recebiam o Espírito Santo” (Act. 8, 17). A nós o Bispo, impondo a mão sobre a nossa cabeça, unge-nos com óleo da Crisma, comunicando: “Por este Sinal recebe os dons do Espírito Santo”. “Pelo Sacramento da Confirmação, os baptizados são mais perfeitamente vinculados à Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e deste modo ficam obrigados a difundir e defender a Fé por palavras e obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo”(CIC). A Confirmação confirma e completa o que o Baptismo deu.
A Eucaristia completa a iniciação cristã. Ela é a fonte e o ponto culminante de todos os sacramentos: tudo provém dela e tudo leva a ela. Por isso ao Domingo, os cristãos, desde os primeiros tempos, se reúnem em memória de Jesus para em seu nome partir o Pão, orar, louvar o Senhor e viver a unidade – participar na Eucaristia e viver a comunhão com Deus e entre os irmãos. Por isso, a Primeira Comunhão é um momento forte no crescimento do cristão, no seu compromisso com Cristo e com a comunidade. Unir-se a Cristo na Comunhão pressupõe a união. Por isso, a nossa Catequese não se preocupa só com o “Dia” da Primeira Comunhão. Quem vai comungar o Corpo de Cristo compromete-se consigo mesmo e com toda a comunidade; declara seguir Jesus, fazendo o que Ele fez.
Na próxima Quinta-feira, Dia do Corpo de Deus, é dia de Festa a recordar a instituição da Eucaristia, levando-A à rua em Procissão, com cânticos de júbilo e aclamações.
Fonte: Farol de Luz
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