Santo Inácio encorajava as pessoas que vinham ter com ele para direcção espiritual a reflectirem cuidadosamente sobre as suas vidas. Ele considerava este exame talvez o mais importante exercício espiritual que podemos fazer. A sua própria experiência conduziu-o a fazer este exame diariamente e a sugerir aos seus amigos para fazerem o mesmo.
Coloca-te por momentos ao lado dos muitos afazeres que desgastam energia e obscurecem a presença de Deus na nossa vida quotidiana. Tenta a via inaciana de examinar a mais profunda e dinâmica relação pessoal entre ti e Deus. A maior parte das pessoas necessita quinze ou trinta minutos para fazer este exercício.
1. Dedicar algum tempo a agradecer a Deus pelas coisas boas do meu dia. Fazer isso com algum pormenor, quase como uma criança o faria. Por exemplo: agradeço a Deus pelo sol que brilha ou pela chuva, por um telefonema ou carta de um amigo, por me sentir bem durante todo o dia, por ter tido energia de acabar um trabalho pela noite dentro...! Neste processo, posso eventualmente cruzar-me com algumas acções feitas, emoções ou desejos que alimentei e pelos quais não posso agradecer a Deus visto que foi uma ofensa ou um pecado.
2. Tendo agradecido a Deus, intensiva e profundamente, pelas graças recebidas durante este dia, peço-Lhe que me conceda mais uma graça: ver claramente e com esperança o quanto eu estou crescendo em vida divina, nas e através das graças que recebo e ver também aquilo que impede Deus de crescer em mim.
3. Examino cuidadosamente o que é que as minhas acções, omissões, pensamentos e desejos dizem acerca da minha relação com Deus, comigo próprio e com os outros. Cada um encontra uma boa maneira de fazer isto. Algumas vezes, um simples acontecimento sobressai dramaticamente; por exemplo: perdi a minha serenidade, exaltei-me...; senti uma grande alegria ao ter conhecimento de uma notícia; resisti fazer uma opção ou tomar uma decisão que alguém esperava que eu fizesse; despendi demasiado tempo com uma simples tarefa. Pacientemente, pergunto-me o que é que a minha acção ou atitude significam. Sinto-me imbuído pelo amor de Deus ou pelo contrário, pelo medo e desconfiança? Isso sugere que estou sobrecarregado? E porque é que estou sobrecarregado? Sugere que eu não aprovo a minha vida ou pelo menos algumas coisas que faço? Outras vezes, nenhum acontecimento sobressai, mas podemos encontrar uma tonalidade dominante durante o dia; por exemplo: senti-me ansioso e preocupado o dia todo; todas as vezes que vi uma certa pessoa, queria ter a sua atenção; fiz as coisas apressadamente e com facilidade; zanguei-me e chateei-me com pequenas coisas. Pacientemente, pergunto-me acerca do significado da tonalidade do meu dia em termos de fé em Deus, de confiança e amor por Deus.
Outras vezes ainda, o clima da minha vida emerge tão claramente como o tempo que faz; por exemplo: senti-me insatisfeito com o meu trabalho; tento libertar-me de um velho ressentimento; aprofundo na minha consciência o amor que Deus tem por mim; senti-me confiante todo o dia quando pedia a Deus algo que quero muito. Pacientemente outra vez, pergunto o que é que este ambiente mostra acerca da relação entre mim e Deus.
4. Tudo o que aprendi do que precede, levo à oração, falando com Deus e dizendo-Lhe tudo o que tenho necessidade de Lhe dizer. Deixo que Deus me surpreenda com algum pensamento ou me console com um aumento de fé e de esperança. Coloco na presença de Deus as grandes necessidades que sinto agora mesmo: um velho ressentimento que não consigo libertar-me. Um hábito inveterado que não desejo ou não quero verdadeiramente deixar. As mil e uma pequenas coisas vividas durante o dia e que eu não sei agradecer nem louvar o meu Criador. Peço a Deus que me ensine e me ajude a aceitar o Seu ensinamento.
5. Tomo a firme determinação de manter o meu espírito cheio de gratidão e de dar os passos necessários para me libertar dos obstáculos que estão entre mim e o meu Criador. Preparo-me para mudar uma atitude, libertar-me do medo ou crescer numa certa direcção. Ofereço a Deus este movimento e disposição interior. Preparo-me interiormente para aceitar uma ou outra mudança na minha pessoa que possa aparecer, caso Deus se digne conceder a graça que Lhe peço. Por que Deus é o Senhor da minha vida e de mim próprio; n'Ele coloco a minha confiança e não em mim mesmo.
Como é que uso o meu tempo? Aproveito-o ou desperdiço-o? Algumas formas de desperdiçar o meu tempo...
a) Quando me preocupo sobre coisas/aspectos sobre os quais não tenho controle. Por exemplo, aspectos da vida passada. Por exemplo, aspectos que imagino na vida futura.
b) Quando alimento ressentimentos ou raiva/ódio provocados por feridas abertas por acontecimentos reais ou imaginários.
c) Quando desprezo o quotidiano, o "normal" e o banal, ou melhor, aquilo a que eu, descuidadamente, chamo banal.
d) Quando me preocupo sobre o que é que os acontecimentos do quotidiano têm a ver comigo, em vez de me preocupar sobre o que é que eu tenho a ver com os acontecimentos...
e) Quando não consigo apreciar o que acontece no quotidiano por causa do pensamento moral: "isto devia ter sido assim..."; por causa do pensamento hipotético: "isto podia ter sido assim..."
Estas são algumas formas de desperdiçar o meu tempo. Posso encontrar outras formas... Jesus não desperdiçou o seu tempo; aproveitou-o plenamente.
Coloca-te por momentos ao lado dos muitos afazeres que desgastam energia e obscurecem a presença de Deus na nossa vida quotidiana. Tenta a via inaciana de examinar a mais profunda e dinâmica relação pessoal entre ti e Deus. A maior parte das pessoas necessita quinze ou trinta minutos para fazer este exercício.
1. Dedicar algum tempo a agradecer a Deus pelas coisas boas do meu dia. Fazer isso com algum pormenor, quase como uma criança o faria. Por exemplo: agradeço a Deus pelo sol que brilha ou pela chuva, por um telefonema ou carta de um amigo, por me sentir bem durante todo o dia, por ter tido energia de acabar um trabalho pela noite dentro...! Neste processo, posso eventualmente cruzar-me com algumas acções feitas, emoções ou desejos que alimentei e pelos quais não posso agradecer a Deus visto que foi uma ofensa ou um pecado.
2. Tendo agradecido a Deus, intensiva e profundamente, pelas graças recebidas durante este dia, peço-Lhe que me conceda mais uma graça: ver claramente e com esperança o quanto eu estou crescendo em vida divina, nas e através das graças que recebo e ver também aquilo que impede Deus de crescer em mim.
3. Examino cuidadosamente o que é que as minhas acções, omissões, pensamentos e desejos dizem acerca da minha relação com Deus, comigo próprio e com os outros. Cada um encontra uma boa maneira de fazer isto. Algumas vezes, um simples acontecimento sobressai dramaticamente; por exemplo: perdi a minha serenidade, exaltei-me...; senti uma grande alegria ao ter conhecimento de uma notícia; resisti fazer uma opção ou tomar uma decisão que alguém esperava que eu fizesse; despendi demasiado tempo com uma simples tarefa. Pacientemente, pergunto-me o que é que a minha acção ou atitude significam. Sinto-me imbuído pelo amor de Deus ou pelo contrário, pelo medo e desconfiança? Isso sugere que estou sobrecarregado? E porque é que estou sobrecarregado? Sugere que eu não aprovo a minha vida ou pelo menos algumas coisas que faço? Outras vezes, nenhum acontecimento sobressai, mas podemos encontrar uma tonalidade dominante durante o dia; por exemplo: senti-me ansioso e preocupado o dia todo; todas as vezes que vi uma certa pessoa, queria ter a sua atenção; fiz as coisas apressadamente e com facilidade; zanguei-me e chateei-me com pequenas coisas. Pacientemente, pergunto-me acerca do significado da tonalidade do meu dia em termos de fé em Deus, de confiança e amor por Deus.
Outras vezes ainda, o clima da minha vida emerge tão claramente como o tempo que faz; por exemplo: senti-me insatisfeito com o meu trabalho; tento libertar-me de um velho ressentimento; aprofundo na minha consciência o amor que Deus tem por mim; senti-me confiante todo o dia quando pedia a Deus algo que quero muito. Pacientemente outra vez, pergunto o que é que este ambiente mostra acerca da relação entre mim e Deus.
4. Tudo o que aprendi do que precede, levo à oração, falando com Deus e dizendo-Lhe tudo o que tenho necessidade de Lhe dizer. Deixo que Deus me surpreenda com algum pensamento ou me console com um aumento de fé e de esperança. Coloco na presença de Deus as grandes necessidades que sinto agora mesmo: um velho ressentimento que não consigo libertar-me. Um hábito inveterado que não desejo ou não quero verdadeiramente deixar. As mil e uma pequenas coisas vividas durante o dia e que eu não sei agradecer nem louvar o meu Criador. Peço a Deus que me ensine e me ajude a aceitar o Seu ensinamento.
5. Tomo a firme determinação de manter o meu espírito cheio de gratidão e de dar os passos necessários para me libertar dos obstáculos que estão entre mim e o meu Criador. Preparo-me para mudar uma atitude, libertar-me do medo ou crescer numa certa direcção. Ofereço a Deus este movimento e disposição interior. Preparo-me interiormente para aceitar uma ou outra mudança na minha pessoa que possa aparecer, caso Deus se digne conceder a graça que Lhe peço. Por que Deus é o Senhor da minha vida e de mim próprio; n'Ele coloco a minha confiança e não em mim mesmo.
EXAME PARTICULAR SOBRE O MODO COMO USO O MEU TEMPO
Como é que uso o meu tempo? Aproveito-o ou desperdiço-o? Algumas formas de desperdiçar o meu tempo...
a) Quando me preocupo sobre coisas/aspectos sobre os quais não tenho controle. Por exemplo, aspectos da vida passada. Por exemplo, aspectos que imagino na vida futura.
b) Quando alimento ressentimentos ou raiva/ódio provocados por feridas abertas por acontecimentos reais ou imaginários.
c) Quando desprezo o quotidiano, o "normal" e o banal, ou melhor, aquilo a que eu, descuidadamente, chamo banal.
d) Quando me preocupo sobre o que é que os acontecimentos do quotidiano têm a ver comigo, em vez de me preocupar sobre o que é que eu tenho a ver com os acontecimentos...
e) Quando não consigo apreciar o que acontece no quotidiano por causa do pensamento moral: "isto devia ter sido assim..."; por causa do pensamento hipotético: "isto podia ter sido assim..."
Estas são algumas formas de desperdiçar o meu tempo. Posso encontrar outras formas... Jesus não desperdiçou o seu tempo; aproveitou-o plenamente.
Fonte:
http://www.acaminho.net/
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