sábado, 28 de março de 2009

Liturgia da Eucaristia de Domingo, 29.03.2009






V Domingo da Quaresma - Ano B
29 de Março de 2009



Na liturgia do 5º Domingo Comum ecoa, com insistência, a preocupação de Deus no sentido de apontar ao homem o caminho da salvação e da vida definitiva. A Palavra de Deus garante-nos que a salvação passa por uma vida vivida na escuta atenta dos projectos de Deus e na doação total aos irmãos.

Na primeira leitura, Jahwéh apresenta a Israel a proposta de uma nova Aliança. Essa Aliança implica que Deus mude o coração do Povo, pois só com um coração transformado o homem será capaz de pensar, de decidir e de agir de acordo com as propostas de Deus.

A segunda leitura apresenta-nos Jesus Cristo, o sumo-sacerdote da nova Aliança, que Se solidariza com os homens e lhes aponta o caminho da salvação. Esse caminho (e que é o mesmo caminho que Jesus seguiu) passa por viver no diálogo com Deus, na descoberta dos seus desafios e propostas, na obediência radical aos seus projectos.

O Evangelho convida-nos a olhar para Jesus, a aprender com Ele, a segui-l’O no caminho do amor radical, do dom da vida, da entrega total a Deus e aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.




Clique na imagem para ver uma reflexão sobre o Evangelho do V Domingo da Quaresma





Reflectindo o Evangelho

À medida que nos aproximamos da Páscoa, a liturgia dominical vai adensando a tensão inerente ao acontecimento da passagem de Jesus. No próximo Domingo, Domingo de Ramos, escutaremos a narrativa da Paixão que nos dará o mote para vivermos a Semana Maior que se lhe segue.

Neste Domingo, a liturgia ambienta-nos para os últimos dias da vida terrena de Jesus, para a sua hora, fazendo-nos participar no mistério da Morte do Filho de Deus.

Como muitas vezes acontece connosco, também Jesus tinha a «alma perturbada» (ver Evangelho). Não que tivesse feito algo que lhe fizesse ficar nesse estado pesaroso.

Pelo contrário: tal devia-se ao facto de Ele sentir que se aproximava a Sua hora, o momento em que daria por encerrada a missão que o Pai Lhe confiou: estabelecer uma nova Aliança com o Povo de Deus, deixando-a impressa no íntimo da alma e gravada no coração de cada um (ver 1.ª leitura). E o momento é difícil, pois implica a experiência da morte, ao ser elevado da terra para atrair todos a Si (ver Evangelho).

Neste momento de tensão e perturbação é legítima a ideia de abandono da missão. O sofrimento repele todo o ser humano – Jesus inclusive. Mas é pela aceitação da totalidade dessa missão, da qual também faz parte o sofrimento, que ela é concretizada e que se alcança a glória do Pai que é também a glória de cada um dos filhos: «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto» (Evangelho).


Vivendo o Evangelho

Tal como Jesus Cristo, nós, na nossa vida mortal, dirigimos preces e súplicas ao Pai, com grandes clamores e até com lágrimas (ver 2.ª leitura). Pedimos muitas vezes que «seja feita a vossa vontade», mas, no íntimo, o que verdadeiramente desejamos é que seja feita a nossa vontade.

Queremos apenas aquilo que nos agrada, aquilo que nos é fácil e desejamos que o difícil e desagradável não nos apareça pelo caminho. Mas a vida, para ser plena, exige de nós muito mais do que aquilo que nós desejamos dela.

Saibamos assimilar em nós todas as exigências que a vida nos traz, porque é nesta integração em nós do agradável e do exigente, com serenidade e confiança, que manifestamos a glória daquele que nos traz a «salvação eterna» (2.ª leitura).




Para ouvir uma música relacionada com a liturgia deste Domingo, clique na imagem abaixo.


Fontes:

A Caminho

Agência Ecclesia

Vitamina C


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