segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Assembleia Diocesana - 5 de Outubro 2010

A Assembleia Diocesana reuniu, como habitualmente, a 5 de Outubro, este ano no Seminário de Alcains, para apresentação do Plano Pastoral, em que participaram mais de três centenas e meia de cristãos.


O dia amanheceu cedo e, de longe e de perto, muitos dos representantes das 161 paróquias, acompanhados pelos respectivos párocos, partiram rumo a Alcains para participarem na Assembleia Diocesana. Além destes, marcaram presença os institutos de vida consagrada, membros de vários movimentos e alguns dos responsáveis dos Secretariados. Reuniram-se, no Seminário de S. José, mais de três centenas de pessoas.

O ritmo da manhã foi marcado pelo momento de oração, seguido de reflexão, feita por D. Antonino Dias. A partir da Palavra proclamada, entre outras mensagens e interpelações deixou-nos esta: “Quem não está convencido, não convence ninguém. Falar de Cristo, é deixar Cristo falar. Somos testemunhas, não meros fazedores de opinião”! Há um longo caminho a percorrer: o caminho da comunhão.

Estava dado o mote. E, num compasso quaternário, começou a ser dado a conhecer o programa para este encontro de início de Ano Pastoral.


Igreja Diocesana, que dizes de ti mesma?

Uma pergunta que exige uma resposta permanente, total e profética. Diz o povo: “Quem pergunta, quer saber!” Queremos, como Povo de Deus, saber quem somos, que realidade pisamos, que metas perseguimos, a quem testemunhamos, como o fazemos. O Cónego Bonifácio, apresentou as razões da escolha do tema para o Ano Pastoral 2010-2011. Deu a conhecer a rosto visível da nossa Igreja Diocesana, pormenorizando, com números, a realidade dos últimos 5 anos, a nível de sacramentos da iniciação cristã, do sacramento do matrimónio, dos funerais, das celebrações dominicais, da cultura da fé, da acção social, dos sacerdotes párocos e não párocos, dos institutos de vida consagrada. Precisou os dois objectivos principais: clarificar a identidade da Igreja e esclarecer as pessoas sobre o que é o sínodo diocesano. Encontros, temas, desdobráveis e outros materiais ajudarão a atingir as metas propostas.
Os temas já apresentados e, em breve, feitos chegar aos grupos paroquiais, são: A identidade e a missão da Igreja; Evangelização e nova evangelização; A co-responsabilidade na Igreja (carismas, ministérios e vocações); O serviço à evangelização (servidores e estruturas da evangelização); Relação da Igreja com os não crentes; O diálogo ecuménico e inter – religioso; Deus, a ciência e a cultura; Acolhimento na Igreja e pela Igreja: o Baptismo; Catequese de adultos; Os Sacramentos que celebramos: exigências, desafios e possibilidades; Evangelizar através da ‘religiosidade popular’; A Igreja, a família cristã e novas configurações ‘familiares’; O compromisso da caridade na Igreja; Os bens da Igreja; A “Igreja particular”: a nossa Diocese; O Sínodo Diocesano.

A pergunta mantém-se. A resposta será a vida vivida e testemunhada por todos e cada um dos membros desta Igreja diocesana. Na medida em que cada um se sentir uma nota na melodia da comunhão e do testemunho, melhor saberá falar do Mestre.


O Dom está em ti

Este segundo compasso, nesta partitura diocesana, foi apresentado pelo Diácono Bacharel e pela Drª Ana Bicho, membros da Comissão Preparatória do Sínodo Diocesano. Depois de uma breve nota histórica dos passos dados, propuseram-se dar a conhecer o que é um Sínodo, os objectivos do mesmo, o caminho a percorrer, a meta a atingir. Os objectivos apresentados foram: descobrir e aprofundar a identidade da Igreja diocesana, suscitar e incentivar a participação de todos, proceder à avaliação e elaborar orientações. Tudo isto exige conversão contínua.

Foram sinalizadas as 7 áreas para o inquérito a realizar nas paróquias e abrangendo um leque alargado de pessoas. As 7 propostas situam-se na família, na fé e razão, no compromisso social, na evangelização (catequese), na presença no mundo, na religiosidade popular e nos serviços e vocações. A escolha das 3 propostas mais votadas, levará à elaboração de temas que serão reflectidos pelos grupos sinodais paroquiais. Outras questões foram apontadas e, algumas delas, explicadas.

O Sínodo está aí. Mesmo à porta. A diocese, os cristãos, têm de lançar mãos à obra. É preciso reavivar o Dom que está em nós. O empenho, a disponibilidade, o sentido de comunhão e de participação, ajudarão a transpor obstáculos e medos.


Missão: Comunhão e Partilha

Dando sequência ao programa, foi a vez do Secretariado das Missões, apontar algumas ideias e orientações para a realização da 2ª Jornada Missionária Diocesana. Após referir a Carta Pastoral “Para um rosto missionário da Igreja em Portugal” e a Jornada Missionária Nacional “O Espírito Santo e a Missão” e as suas conclusões, foi anunciado o tema: Missão: Comunhão e Partilha”. Além do material para o Dia Mundial das Missões, foram anunciadas as dinâmicas para a participação das crianças, adolescentes, jovens e adultos, bem como dois momentos comuns: o encontro de todos junto ao Monumento dedicado à Virgem (centro da Vila de Alcains) e a caminhada até à Matriz onde será celebrada a Eucaristia. Outros aspectos de cariz logístico foram mencionados para que os participantes possam viver a Jornada e responder ao apelo do Papa “A construção da comunhão eclesial é a chave da missão”.


A grandeza é a medida das grandes coisas

Coube ao senhor Bispo fazer o quarto tempo, deste ritmo da manhã. Começou por afirmar que “a grandeza é a medida das grandes coisas”. Este pensamento e desafio veio culminar tudo o que, até agora, havia sido dito e proposto. Procurou, com as suas palavras, fazer um radiografia do que vai observando pela diocese aquando das visitas pastorais e, a propósito do Sínodo Diocesano, clarificou ideias e reflexões ao propor o exemplo e caminho feito pelos Sínodo dos Bispos. O processo moroso, mas próximo das pessoas e das suas realidades, é método seguido, que exige empenho, esforço, participação e comunhão.

D. Antonino não perdeu esta oportunidade para anunciar, com alegria, a decisão de 3 adultos de se dedicarem ao Reino, na vida consagrada e para, ao mesmo tempo, dar conta das poucas vocações para o sacerdócio. Falou do Diácono Gilberto e do seminarista Nuno Miguel, e dos outros 3 seminaristas que frequentam o Seminário, em Lisboa. Alertou para a dificuldade que há para que as paróquias tenham um pároco. Apelou à generosidade das famílias e das comunidades para se colocarem ao serviço da vocação. Lançou o desafio para que se cultive a fé (menos culto e mais cultura), para uma descoberta dos seus fundamentos e para que o nosso testemunho seja mais credível.

A manhã foi bem preenchida. Os presentes deram por bem empregue esta manhã de sol, neste dia festivo de centenário. A semente foi lançada. As propostas foram apresentadas. O terreno é conhecido. Agora, mãos à obra! O dom está em ti!








Fonte:
Site da Diocese de Portalegre - Castelo Branco

Sem comentários: