A vocação baptismal é missionária.
É nesta vocação primeira que assentam as vocações de serviço e consagração, tão necessárias no mundo e na Igreja.
Numa sociedade que preza tanto o ter, em que parece campear a aspiração sempre renovada do bem-estar e conforto, que tão frequentemente se deixa fascinar pelo luxo, em contraste directo com gritantes misérias, o desenvolvimento, a partilha e a solidariedade, são desafios para todos.
As tarefas da Igreja e na Igreja são múltiplas: do ministério aos serviços simples e escondidos e aos trabalhos que exigem cultura, junto de pessoas em diversas condições; mas sempre próximos das pessoas. Por isso, o Espírito tem suscitado muitas iniciativas para responder aos vários apelos e necessidades dos tempos e lugares; e o primeiro meio e caminho mais eficaz na missão é o testemunho de vida. E uma exigência do testemunho passa pelas vocações de consagração, nomeadamente, a sacerdotal para a proclamação do anúncio da Salvação de Cristo Jesus que há-de ser sentido, como disse Pedro: “Não podemos deixar de falar”, para lançar a semente da Verdade e do Bem, envolvendo a escuta da Palavra de Deus com meditação e oração.
“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”. Este apelo é para todos os que neste problema estão implicados – e é afinal todo o Povo de Deus – a dedicarem toda a boa vontade ao campo das vocações: pela oração insistente, pelo exemplo, sobretudo da parte dos já escolhidos, e nas famílias e escolas.
A vós jovens se propõe que definam um ideal, amai a vida e dai-lhe uma finalidade nobre. Deveis, por isso, falar muito a Deus dos homens para depois poderdes falar aos homens de Deus. Digo-vos: “há três ‘muitos’ que recompensam outros três: muito estudo, muita ciência; muita reflexão, muita sabedoria; muita virtude, muita paz”.
Cristo Ressuscitado também nos chama, dizendo-nos: “Sereis minhas testemunhas!”; e olhai para tantos que nos precederam com o seu exemplo. Coragem!
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